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quarta-feira, 12 de novembro de 2008
A BVS e os Determinantes Sociais da Saúde (DSS)
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
O que é Artrose e "Bicos de Papagaio ?"
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Maioria dos pacientes com câncer procura terapias complementares
Avaliando dados de mais de 4 mil pessoas com câncer, entrevistadas de 10 a 24 meses após o diagnóstico, os pesquisadores descobriram que o uso dessas terapias alternativas é muito comum.
“Por essa razão, é importante determinar qual é útil, não apenas para reduzir os tumores e estender a sobrevivência, mas também para aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida”, explicou o médico Ted Gansler, um dos autores do estudo.
Os resultados indicaram que 61,4% dos participantes usavam a oração; 44,3%, técnicas de relaxamento; 42,4% utilizavam a cura espiritual ou pela fé; 40,1% consumiam suplementos nutricionais ou vitaminas; 15% faziam meditação; 11,3%, aconselhamento religioso; 11,2%, massagem; e 9,6% participavam de grupos de apoio. Outros métodos, como hipnose e acupuntura, foram menos comuns – 0,4% e 1,2%, respectivamente.
Todas as terapias alternativas eram mais populares entre as mulheres do que entre os homens. Métodos como aromaterapia, grupos de apoio, hipnose, meditação e relaxamento eram procurados por 59% das mulheres e 43% dos homens. E a diferença era ainda maior em relação à ioga e tai chi (10,1% das mulheres e 1,9% dos homens) e em se tratando de massagem (16,6% e 3,9%).
A pesquisa mostrou que esses métodos são mais populares entre os mais jovens, os mais escolarizados, os mais abastados, nos casos de câncer mais avançado, e entre os sobreviventes de câncer de mama e ovário.
Os especialistas destacaram que ainda não estão claros os benefícios reais dessas terapias. “Estudos científicos de métodos complementares estão se tornando muito mais comuns nos últimos anos, mas ainda há muitas incertezas sobre a eficácia de muitos métodos complementares”.
Autor: Ted Gansler
Fonte: http://www.medicinacomplementar.com.br/tema011008.asp
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Osteoporose
Para entender como a osteoporose se desenvolve, é necess ário conhecer alguma coisa sobre a estrutura e função do osso.
O esqueleto ósseo é um tecido vivo e complexo; dá suporte aos músculos e proteção a órgãos vitais . Também armazena o cálcio, essencial para numerosas funções orgânicas , incluindo a manutenção da densidade e força dos ossos .
O organismo usa o cálcio dos ossos quando não existe ingestão suficiente ou quando há necessidade adicional, como na gravidez e na lactação, por exemplo.
Durante a vida, os ossos são constantemente formados e reabsorvidos , ou seja, o osso velho é removido e um novo osso é adicionado ao esqueleto. Na infância e adolescência, a adição ocorre mais rapidamente do que é a reabsorção e, como resultado, os ossos ficam maiores , mais pesados e mais densos .
A formação permanece mais rápida do que a reabsorção até que o pico de massa óssea (máxima densidade e força do osso) é alcançado, por volta dos 30 a 35 anos . A massa óssea é maior no homem do que na mulher e também é maior na raça negra.
Depois dos 30-35 anos , a reabsorção óssea lentamente começa a exceder a formação. Para a mulher, a perda óssea é muito maior durante os cinco anos seguintes à menopausa, porque a ação protetora do hormônio estrógeno diminui, porém persiste nos anos seguintes . O homem também perde osso, mas numa taxa muito menor.
Após os 70 anos existe outra forma de osteoporose que acomete tanto homens quanto mulheres , a osteoporose senil, própria do envelhecimento.
A osteoporose é um fator de risco para fraturas assim como a hipertens ão é risco para infarto do miocárdio ou derrame cerebral; se o osso é mais fraco, um trauma mínimo ou uma queda pode causar uma fratura ou um colapso vertebral.
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Quando Começa a Terceira Idade?
Quando começa a terceira idade? Difícil dizer. Mesmo porque a idade está na cuca. Assim como uma pessoa de 20 anos pode ser considerada velha de espírito, um idoso muitas vezes pode esbanjar vitalidade. Recentemente, a espetacular Dercy Gonçalves, do alto dos seus 92 anos deu um show de sabedoria. Ao encerrar seu programa semanal de TV, a comediante garantiu que a juventude é bonita, mas muito mais bonita é a velhice, que acumula a intensidade da vida.
Talvez seja por esse motivo que o público mais jovem, saturado pela repetição dos ritmos veiculados nas rádios, esteja se voltando cada vez mais para os ídolos do passado, reavaliando sua importância cultural. Não há nada mais gratificante do que ver a confraternização de pessoas de idades diferentes nas rodas de chorinho ou nos eventos culturais da cidade. O carinho que vem sendo manifestado por novos artistas aos talentos das velhas-guardas das escolas de samba exemplifica bem a riqueza cultural do encontro de gerações .
Esse é um sinal muito significativo porque reafirma a importância da memória e demonstra como ela pode iluminar o caminho dos mais jovens. A admiração pelos artistas tarimbados aponta para o amadurecimento cultural da juventude carioca, além de ser uma prova do quanto temos que aprender com a terceira idade. Até porque o amanhã começou ontem.
Quando começa a Terceira-Idade e quando termina?...
Estas perguntas não são fáceis de responder, pois a vida é um complexo processo de subtis e constantes alterações .
Na nossa sociedade, as modificações que caracterizam a meia-idade surgem por volta dos 50/60 anos .
Ao atingirmos a meia-idade, na maioria dos casos, os homens alcançaram já um certo grau de realização na sua actividade profissional e começam a ter uma ideia dos objectivos que podem alcançar no futuro.
Para a maior parte das mulheres , esse período significa que a dependência dos filhos pequenos ou adolescentes foi ou irá, em breve, ser suplantada pelos problemas específicos de adultos já relativamente independentes .
À medida que avançamos na meia-idade, começamos a dirigir a nossa atenção para a reforma, no que esta representa de maiores disponi-bilidades de tempo e de poss íveis problemas financeiros, bem como a fazer o balanço daquilo que conse-guimos realizar na vida.
Na meia-idade começam também a surgir as primeiras alterações de ordem física, através de sinais exteriores bem visíveis, como as rugas e a obesidade, podendo ainda manifestarem-se novas afecções, muitas vezes prolongadas, tais como a arterite, o glaucoma, e as doenças cardiovasculares e outras enfer-midades, que numa idade menos avançada poderiam ser tratadas, tornando-se agora difíceis de curar.
Devido à nossa tendência de acentuar a importância da juventude, esquecemo-nos frequentemente que a meia-idade, como qualquer outro período da vida, é também dinâmica, e oferece novas possibilidades, sendo por isso fundamental que envidemos todos os esforços no sentido de mantermos uma boa forma física e psíquica...
...Não podemos nem devemos olvidar que na nossa idade, a riqueza da experiência adquirida através dos anos vividos é algo que nenhuma força do mundo nos poderá tirar. E essa riqueza de experiência adquirida só terá o seu término quando nos colocarmos num estado de inércia que nos arrastará indubitavelmente para o tédio e solidão profundos.
Autor: António Virgílio Silva Tavares
Fonte: http://www.brasilmedicina.com.br
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
Lançamento Blog Oficial Domiciliar Enfermagem
Lançamos nosso Blog Oficial... nele as abordagens seram focadas muito em cima de pesquisas... assim os artigos teram uma maior relevância em seu conteúdo. Bom pessoal acessem http://blog.domiciliarenfermagem.net
quarta-feira, 9 de julho de 2008
Curso de Mastologia
O Hospital Materno Infantil Presidente Vargas promove, nos dias 11 e 12 de julho, o curso básico de Mastologia. A atividade de extensão dirigida a médicos residentes e doutorandos, ocorrerá na sala 805 do bloco C do hospital (Av. Independência, 661). As inscrições são gratuitas e devem ser feitas pelo email sonias@hmipv.prefpoa.com.br ou eloiza@hmipv.prefpoa.com.br. Vagas limitadas.
Cinetose
Cinetose é uma doença, que se caracteriza pela sensação de enjôo ou náusea quando se anda de qualquer meio de transporte, ou se movimenta de forma inabitual, perturbando o sistema vestibular responsável pelo equilíbrio.
Pode ocorrer em crianças e adultos. Costuma ser definida por leigos como uma labirintite.
Além da náusea, são sintomas da cinetose:
* Perda de equilíbrio
* Falhas de memória
* Raciocínio lento e/ou confuso
* Sudorese
* Nistagmo
* Dores de cabeça
* Visão borrada, duplicada ou fora de foco
* Palidez
* Dificuldades em atividades de leitura, ou assistir televisão
* vertigens
* Fadiga
A cinetose é causada por uma perturbação no reconhecimento do movimento feito pelo sistema vestibular, pois o corpo está parado, mas o ambiente está em movimento, gerando conflito de informações e perturbação do equilíbrio corporal.
O mal-estar pode surgir em qualquer atividade que exija movimento, como andar de ônibus, carro, avião, barco, trem, metrô ou mesmo bicicleta ergométrica. Os sintomas são desencadeados pela movimentação, que causa um estímulo exagerado do labirinto, mas podem surgir algumas horas depois da atividade que os desencadeou.
O tratamento é feito através de exercícios de Terapia de reabilitação vestibular, podendo também ser usada de medicação específica para diminuição dos sintomas.
O médico responsável pelo tratamento é um otorrinolaringologista, mas, devido aos sintomas difusos, o paciente costuma ser atendido por diversos especialistas, sem sucesso, até receber o diagnóstico correto.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Cinetose
Anemia
A anemia é a diminuição dos níveis de hemoglobina na circulação. A principal função da hemoglobina, uma proteína presente nas hemácias, é o transporte de oxigênio dos pulmões para os tecidos.
Os valores de normalidade da hemoglobina variam com o sexo e a idade. Em indivíduos adultos (maiores que 16 anos) do sexo masculino, o limite inferior da normalidade é de 13,5 g/dL. Em mulheres adultas este valor é de 12,0 g/dL.
É muito importante lembrar que o termo anemia reflete tão somente o baixo nível de hemoglobina circulante, o que não firma o diagnóstico etiológico. Portanto, uma vez presente, é necessário seguir investigação para determinar qual a sua causa.
Sinais e sintomas
São variáveis e dependem da gravidade do quadro, da sua velocidade de instalação e dos níveis de hemoglobina. Podem ocorrer:
* fadiga e fraqueza
* palidez cutâneo-mucosa (pele, conjuntiva)
* dificuldade de concentração
* vertigens e tonturas
* palpitações e taquicardia
* claudicação (dores nas pernas)
* dispnéia (falta de ar)
Etiologia
As causas de anemia são variadas. Podemos citar:
* Causas Genéticas:
o Defeitos na hemoglobina:
+ doença falciforme
+ hemoglobinopatia SC
+ hemoglobinopatia C
+ hemoglobinopatia E
+ hemoglobinopatia D
+ Síndromes Talassêmicas
o Defeitos na membrana do eritrócito
+ eliptocitose
+ esferocitose
o Defeitos enzimáticos
+ deficiência em glucose-6-fosfato desidrogenase
* Causas Nutricionais:
o Deficiência de ferro (Anemia Ferropriva)
o Deficiência de vitamina B12 (Anemia perniciosa)
o Deficiência de folato (Anemia megaloblástica)
* Causas Hemorrágicas:
o Agudas: Hemorragias excessivas por acidentes, cirurgias, parto
o Crônicas: Sangramentos crônicos que podem ocorrer por múltiplas causas, dentre elas ciclo menstrual excessivo, sangramento por hemorróidas, neoplasias intestinais ou outras, úlceras
* Causas Imunológicas:
o Anemia Hemolítica Auto-Imune
* Pelo uso de medicamentos e exposição a produtos químicos:
o Anemia aplásica
o Anemia megaloblástica
* Doenças Crônicas:
o Hipotireoidismo
o Doenças Renais (provocando problemas na síntese de eritropoietina)
o Neoplasias
o Infecções:
+ Virais: hepatites, Aids
+ Bacterianas: septicemia
+ Protozoárias: Malária, Toxoplasmose, Leishmaniose
Diagnóstico
hemograma é o principal exame a ser realizado quando há suspeita de anemia. Neste exame é possível a avaliação da série vermelha, que inclui os seguintes parâmetros:
* número total de hemácias
* hemoglobina
* hematócrito
* volume corpuscular médio (VCM)
* hemoglobina corpuscular média (HCM)
* concentração de hemoglobina corpuscular média (CHCM)
* Red Cell Width (RDW)
Os valores da normalidade variam de acordo com sexo e idade. Além destes parâmetros, a análise morfológica das hemácias é útil também para o diagnóstico etiológico.
A contagem de reticulócitos é usada para avaliar a produção das hemácias. Expresso em percentagem, o valor normal é de até 2%. Em termos absolutos varia entre 16.000 e 70.000 reticulócitos/mm3.
Outros exames podem ser utilizados para auxiliar no diagnóstico, tais como a dosagem de ferritina e ferro séricos, eletroforese de hemoglobina, teste da G6PD, teste da resistência globular osmótica, teste de Coombs, teste de HAM, dosagem de DHL, entre outros.
Classificação
Produção vs. destruição e/ou perda
Esta classificação depende da contagem de reticulócitos. Sinais de destruição com sinais de hemólise apresentam aumento de reticulócitos e DHL.
Tamanho das hemácias
As anemias podem ser classificadas de acordo com o tamanho das hemácias, inferido através do volume corpuscular médio (VCM). No adulto, o VCM normal situa-se entre 80 a 100 fl. Assim, é possível classificar como anemia normocítica aquelas que estão dentro do valor de normalidade do VCM, microcíticas aquelas abaixo de 80 fl e macrocícitas as acima de 100 fl.
Anemias microcíticas
Anemia ferropriva (a mais comum), hemoglobinopatias (talassemia, hemoglobinopatia C, E e outras), secundárias a algumas doenças crônicas, anemia sideroblástica. A anemia ferropriva é causada pela deficiência de ferro.
Anemias macrocíticas
Anemia megaloblástica, anemia perniciosa, alcoolismo, uso de certas medicações (metrotrexate, zidovudina (AZT), entre outros)
Anemias normocíticas
Hemorragias agudas, anemia aplástica, anemia falciforme, secundárias a doenças crônicas.
Tratamento
O melhor remédio para a prevenção da anemia é, sem dúvida, uma alimentação bem variada, e especialmente para os alimentos ricos naturalmente em ferro e os enriquecidos ou fortificados com algum tipo de mineral.
Deve lembrar-se que as melhores fontes naturais de ferro são os alimentos de origem animal (fígado e carnes) por possuírem um tipo de ferro melhor aproveitado pelo nosso organismo. Ao contrário do que muitas pessoas pensam e falam a respeito do ferro em alimentos, leite e ovos não são boas fontes. No entanto, atualmente já existe no mercado leite enriquecido com ferro.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Anemia
quinta-feira, 3 de julho de 2008
Rubéola
A Rubéola ou Rubela é uma doença causada pelo vírus da rubéola e transmitida por via respiratória. É uma doença geralmente benigna, mas que pode causar má formações no embrião em mulheres grávidas.
Vírus da Rubéola
* Grupo: Grupo IV ((+)ssRNA)
* Familia: Togaviridae
* Género: Rubivirus
* Espécie: Rubella virus
O vírus da rubéola é um togavírus com genoma de RNA unicatenar (simples) de sentido positivo (serve de mRNA para sintese proteica diretamente). Possui um capsídeo icosaédrico e um envelope bilípidico.
Epidemiologia
A rubéola é um dos cinco exantemas (doenças com marcas vermelhas na pele) da infância. Os outros são o sarampo, a varicela, o eritema infeccioso e a roséola.
Progressão e sintomas
A transmissão é por contacto directo, secreções ou pelo ar. O vírus multiplica-se na faringe e nos orgãos linfáticos e depois dissemina-se pelo sangue para a pele. O período de incubação é de duas a três semanas. Transmitivel até 2 meses após a infecção.
A infecção, geralmente, tem evolução benigna e em metade dos casos não produz qualquer manifestação clínica. As manifestações mais comuns são febre baixa (até 38ºC), aumento dos gânglios linfáticos no pescoço, manchas (máculas) cor-de-rosa (exantemas) cutâneas, inicialmente no rosto e que evoluem rapidamente em direção aos pés e em geral desaparecem em menos de 5 dias. Outros sintomas são a vermelhidão (inflamação) dos olhos (sem perigo), dor muscular das articulações, de cabeça e dos testículos, pele seca e congestão nasal com espirros.
O virus da rubéola só é realmente perigoso quando a infecção ocorre durante a gravidez, com invasão da placenta e infecção do embrião, especialmente durante os primeiros três meses de gestação. Nestas circunstâncias, a rubéola pode causar aborto, morte fetal, parto prematuro e mal-formações congênitas (cataratas, glaucoma, surdez, cardiopatia congênita, microcefalia com retardo mental ou espinha bífida). Uma infecção nos primeiros três meses da gravidez pelo virus da rubéola é suficiente para a indicação de aborto voluntário da gravidez.
Tratamento
O diagnóstico clinico é díficil por semelhança dos sintomas com os dos outros exantemas. É mais frequentemente sorologico, com detecção de anticorpos específicos para o virus, ou por ELISA(é um teste imunoenzimático que permite a detecção de anticorpos específicos no soro..) A doença não é séria mas crianças de sexo masculino necessitam tomar vacina, mas frequentemente também são inoculadas para prevenir as epidemias ou que depois infectem, no futuro, companheira grávida não vacinada. Às de sexo feminino é administrada sempre, devido ao risco de que apareça mais tarde durante períodos de gravidez. A vacina é por virus vivo atenuado e causa a doença em 15% dos casos, mas como já foi dito, em crianças é inócua. A vacina permitiu a sua erradicação em Cuba em 1993, o primeiro país a consegui-lo. A doença só é grave em mulheres grávidas.
Vacina
A vacina é composta por vírus vivos atenuados, cultivados em células de rim de coelho ou em células diplóides humanas. Pode ser produzida na forma monovalente, associada com sarampo (dupla viral) ou com sarampo e caxumba (tríplice viral). A vacina se apresenta de forma liofilizada, devendo ser reconstituída para o uso. Após sua reconstituição, deve ser conservada à temperatura positiva de 2º a 8º C, nos níveis local e regional. No nível central, a temperatura recomendada é de menos 20º C. Deve ser mantida protegida da luz, para não perder atividade. A vacina é utilizada em dose única de 0,5 ml, via subcutânea.
Desambiguação linguística
Em inglês rubeola é outra designação de measles ou sarampo. A rubéola é denominada German measles (sarampo alemão) ou rubella. A confusão vem do fato de antigamente as doenças serem indistinguíveis para os médicos.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Rub%C3%A9ola
Ministro instala comitê de mobilização contra a rubéola - 02/07/2008
Unicef, Organização Pan-Americana de Saúde e outros 200 parceiros do governo participam de campanha nacional para imunização de 70 milhões de brasileiros.
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, instalou, nesta quarta-feira (2), o Comitê Nacional de Mobilização para Eliminação da Rubéola e da Síndrome da Rubéola Congênita (SRC). O Comitê conta com o empenho de mais de 200 instituições parceiras do governo federal na erradicação da doença e da Síndrome da Rubéola Congênita no país até 2010, meta definida pelo Ministério da Saúde. “Essa parceria é importante porque mobiliza empresas, ONGs, sociedades de especialistas e os conselhos nacionais de secretários estaduais e municipais de Saúde”, avaliou Temporão.
As instituições parceiras do governo representam diversos segmentos públicos e privados, como Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Sesc, Caixa Econômica Federal, Ultragás, Liquigás, Vivo, MST, Rede Globo, Wall Mart, Carrefour, Unilever, Abia e Abras. Elas vão colaborar em todos os processos de organização, operacionalização e avaliação da campanha nacional de vacinação contra a rubéola e a SRC, no período de 9 de agosto a 12 de setembro. “Esses parceiros são fundamentais na estratégia de mobilização para que possamos erradicar a doença num prazo curto”, reforçou o ministro.
As entidades que integram o Comitê vão apoiar as ações de governo em atividades como reforço na divulgação da campanha, mobilização de públicos internos, articulação de correspondentes nos estados e municípios e cessão de colaboradores e espaço para montagem de postos de vacinação.
Além do ministro Temporão e do secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Gerson Penna, participaram da cerimônia de instalação do Comitê, no Ministério da Saúde, em Brasília (DF), os representantes da Opas, Diego Victória, e da Unicef, Cristina Albuquerque; o secretário de Atenção à Saúde do ministério, José Carlos Noronha, e a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do ministério, Marília Bulhões.
Campanha – A campanha nacional de vacinação contra a rubéola é direcionada a homens e mulheres com idade entre 20 e 39 anos de idade. “Todos deverão ser vacinados, independentemente do histórico de vacinação ou se a pessoa já teve a doença”, destacou Penna.
Segundo ele, a vacina contra a rubéola só não deve ser aplicada em mulheres grávidas, em qualquer período da gestação. Esta é a única restrição à vacina. “Precisamos alcançar a chamada ‘imunidade de grupo’, ou seja, que o país tenha um nível muito alto de anticorpos contra o vírus da rubéola”, explicou o secretário.
Homens – A meta do Ministério da Saúde é vacinar 34,7 milhões de mulheres e 35,3 milhões de homens. Dos 8.407 casos de rubéola confirmados no país, em 2007, 70% corresponderam a pacientes homens.
“Já avançamos na educação da população masculina, chamando a atenção de que os homens têm que se mobilizar, têm que estar mais acessíveis e permeáveis às campanhas de promoção da saúde e prevenção”, disse o ministro Temporão. “E essa é tipicamente uma campanha em que, se o homem não participa, um elo da cadeia se rompe e não conseguimos alcançar o objetivo de erradicar a doença”, completou.
Dimensão – Nos estados de Minas Gerais, Maranhão, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte, homens e mulheres com idade entre 12 e 39 anos receberão a vacina tríplice viral contra rubéola, sarampo e também caxumba. Também no dia 9 do próximo mês, o Sistema Nacional de Saúde (SUS) realizará a segunda etapa da vacinação contra a poliomielite, cujo objetivo é imunizar 15 milhões de crianças menores de cinco anos.
“Esta será a maior vacinação do planeta”, destacou o secretário Gerson Penna, lembrando que, na campanha nacional, os adultos com idade entre 20 e 39 anos a serem vacinados contra a rubéola também serão imunizados contra o sarampo (vacina dupla viral). Quase R$ 220 milhões serão investidos pelo governo federal no financiamento das cinco semanas de campanha.
No ano passado, 8.407 casos da doença foram confirmados em todo o país. Entre os 20 estados que registraram a incidência da rubéola, Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro foram os que mais contabilizaram pessoas infectadas: 2.668, 1.603 e 1,5 mil, respectivamente. Também foram confirmados 17 casos de Síndrome da Rubéola Congênita, quando a infecção causada pelo vírus se complica, principalmente no primeiro trimestre da gravidez.
“A vacinação indiscriminada é a única forma de se eliminar o risco da ocorrência de casos e surtos, como também as graves conseqüências da doença para as crianças”, afirmou Penna.
A vacina contra a rubéola faz parte do calendário de vacinação infantil. Quando a doença acomete crianças, as principais conseqüências para a saúde do paciente são cegueira, surdez e retardo mental. Nas mulheres grávidas, a infecção causada pelo vírus da rubéola resulta em malformação congênita no bebê.
SAIBA MAIS
O que é a rubéola?
A rubéola, também conhecida como “sarampo alemão”, é uma doença infecto-contagiosa causada por vírus.
Qual a causa?
É transmitida pelo vírus do gênero Rubivirus da família Togaviridae.
Quais os sintomas?
O paciente apresenta febre baixa, manchas na pele, dores de cabeça e pelo corpo.
Como se transmite?
A transmissão é diretamente de pessoa a pessoa por meio de secreções expelidas pelo doente ao tossir, falar ou respirar.
Como tratar?
Não há tratamento específico para a rubéola. Os sinais e sintomas apresentados devem ser tratados de acordo com a orientação de um médico.
Como se prevenir?
Atualmente, a vacina para crianças aos 12 meses de vida consta do calendário nacional de vacinação. Uma segunda dose que deve ser aplicada entre quatro a seis anos de idade. Para homens e mulheres, a vacina também está disponível à faixa etária de 12 a 49 anos para as mulheres e de 12 a 39 anos para os homens.
Como é feito o diagnóstico?
Algumas doenças se manifestam de forma semelhante à rubéola, como sarampo, escarlatina e dengue. Na situação atual de eliminação da rubéola, é muito importante identificar precocemente, diagnosticar e classificar casos suspeitos, como também realizar as ações de vigilância de forma adequada.
Outras informações
Atendimento à Imprensa
(61) 3315-3580 e 3315-2351
Atendimento ao Cidadão
0800 61 1997 e (61) 3315-2425
Fonte: http://www.saude.gov.br/
terça-feira, 24 de junho de 2008
Domiciliar Enfermagem - Home Care - Porto Alegre
Conceito
Vantagens
- O paciente é tratado fora do hospital e em contato com a família. Isso é bom, uma vez que o ambiente hospitalar, pra muitos, não é confortável e causa estresse;
- O paciente fica menos exposto aos riscos infectológicos existentes no âmbito hospitalar;
- Melhora a "autonomia" do paciente;
- Melhora a "privacidade" do paciente.
Público alvo
Pacientes com patologias estáveis, quase sempre portadores de doenças crônicas, como doenças neurológicas degenerativas e músculo-esqueléticas.Porem, o home care nao pode ser visto apenas como uma alternativa para pacientes cronivos ou idosos, o home care deve ser visto como uma alternativa de internamento para todas as idades e patologias, contanto que o paciente esteja estavel.
Cuidados dispensados aos pacientes domiciliares
Importância da Home Care
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Home_care
Domiciliar Enfermagem - Home Care
A Domiciliar Home Care surgiu como mais uma opção de atendimento para pacientes que superaram a fase aguda da sua doença, mas ainda necessitam de cuidados. Nossa equipe está preparada para atender toda e qualquer patologia no domicílio, desde que, o quadro do paciente permaneça estável. Hoje a família já tem a possibilidade e os recursos necessários para tratar seu doente em casa sem precisar se deslocar até um hospital. Só assim, se consegue otimizar tempo e uma significativa redução nos riscos de infecção.
Internação Domiciliar - Home Care Porto Alegre
realizado pela equipe assistencial durante as 24 horas do dia na casa do próprio paciente.
A internação domiciliar permite o atendimento no “melhor lugar terapêutico” de forma integral, personalizada e humanizada. Ao mesmo tempo, aumenta a autonomia do paciente e sua independência sócio-familiar.
A internação domiciliar também possibilita que se realize a Educação para a Saúde, promovendo, por meio do contato direto, a modificação de hábitos e atitudes negativas. Tudo para fazer com que o paciente tenha mais qualidade em sua vida.
Assistência Domiciliar - Home Care Porto Alegre
A assistência domiciliar consiste essencialmente em:
Entretanto, os usuários deste serviço já superaram a fase mais complexa de sua doença, não apresentando mais a necessidade de atendimento durante as 24 horas do dia, mas que ainda necessitam de atendimento por um determinado período (6, 12 ou 18 horas).
Trata-se de um serviço também bastante aplicado a portadores de doenças crônicas que necessitam de atenção e cuidados especiais.
- Acompanhamento e cuidados de enfermagem domiciliar;
- Visita médica esporádica domiciliar;
- Fisioterapia motora e respiratória domiciliar;
- Quimioterapia domiciliar
- Cuidado de pacientes com Alzhaimer
- Cuidado de pacientes com Parkinson
- Pacientes com Câncer
- Pacientes com Fratura de fêmur
- Pacientes com escaras
Procedimento Domiciliar - Home Care Porto Alegre
Procedimento domiciliar é semelhante a um atendimento ambulatorial, tem o diferencial de ser realizado dentro do domicílio. São atendimentos de curta duração, , realizados por técnicos de enfermagem ou enfermairas, mediante agendamento.
São exemplos:
- Fornecimento e Administração de medicamentos e soro;
- Alocação de Equipamentos;
- Fornecimento de dietas;
- Fisioterapia;
- Coleta de exames laboratoriais;
- Consultas da equipe interdisciplinar;
- Curativos em geral;
- Passagem de sonda.
Fonte: http://www.domiciliarenfermagem.com.br/
Leucemia mielóide aguda (LMA)
Leucemia mielóide aguda (LMA), também conhecida como leucemia mielogênica aguda, é um câncer/cancro da linha mielóide dos glóbulos brancos que se caracteriza pela rápida proliferação de células anormais que se acumulam na medula óssea, interferindo na produção normal de células sanguíneas. É o tipo mais comum de leucemia aguda que afeta adultos, e sua incidência aumenta com o envelhecimento. Embora a LMA seja uma doença relativamente rara, representando cerca de 1,2% dos óbitos causados por doenças oncológicas nos Estados Unidos, espera-se um aumento da sua incidência devido ao envelhecimento da população.
Os sintomas são causados pela substituição das células normais da medula óssea, resultando em uma queda na contagem de glóbulos vermelhos, plaquetas e de leucócitos normais. Estes sintomas incluem fadiga, falta de ar, hemorragia e aumento do risco de infecções. Embora vários fatores de risco para a LMA sejam conhecidos, a causa específica permanece incerta. Uma característica da doença é sua rápida progressão, podendo ser fatal em um curto espaço de tempo (semanas ou meses) se deixada sem tratamento adequado.
A leucemia mielóide aguda é uma doença potencialmente curável, mas apenas uma pequena parcela dos doentes são curados com a terapia utilizada atualmente. Usualmente o tratamento inicia com quimioterapia, visando a induzir à remissão, embora grande parte dos doentes necessitem de um transplante de medula óssea para alcançar a cura.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Leucemia_miel%C3%B3ide_aguda
segunda-feira, 9 de junho de 2008
Treinamento Domiciliar Home Care
O treinamento será realizado no dia 12/06/2008 no endereço Av. Erico Verissimo 960. O treinamento terá inicio as 09:00. Por favor estar munido de:
Xerox carteira do COREN
Xerox comprovante de residência
OBS: Procure chegar 15 minutos antes do início do treinamento. Caso não tenha carteira do COREN levar xerox do certificado de conclusão do curso técnico ou xerox da carteira temporaria do COREN.
Qualquer duvida você pode entrar em contato pelo email carlos@domiciliarenfermagem.com.br ou enviar suas duvidas pelo site http://www.domiciliarenfermagem.com.br/.
sexta-feira, 2 de maio de 2008
Treinamento de novos ténicos Domiciliar Home Care
O treinamento será realizado no dia 07/05/2008 no endereço Av. Erico Verissimo 960. O treinamento terá inicio as 09:00.
Por favor estar munido de:
- 1 foto 3x4
- Xerox carteira do COREN
- Xerox comprovante de residência
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segunda-feira, 7 de abril de 2008
SMS combate a bactéria Acinetobacter nas UTIs
SMS combate a bactéria Acinetobacter nas UTIs
A Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde (CGVS) e hospitais de Porto Alegre adotaram medidas para combater casos de contaminação ocasionados pela bactéria Acinetobacter sp. (
De acordo com o secretário municipal de Saúde, o vice-prefeito Eliseu Santos, não existe razão para desespero da população e para o cancelamento de cirurgias eletivas e internações. “A bactéria é um problema mundial e ataca pessoas com baixa imunidade”, afirmou Eliseu. Desde julho do ano passado, todos os hospitais da Capital têm notificado os casos envolvendo o Acinetobacter para a Vigilância em Saúde. Dos 24 hospitais clínicos da cidade, 15 já notificaram casos de infecção ou colonização da bactéria.
No passado, profissionais de saúde elaboraram o "Manual de Controle da disseminação de Acinetobacter sp resistente a carbapenêmicos", que define medidas para prevenir a disseminação dessas bactérias a outros pacientes e servidores da saúde.
Prevenção - A enfermeira da Vigilância em Saúde Anelise Breier salientou que, para prevenir a disseminação da Acinetobacter, a solução mais simples e eficaz é higienizar as mãos. Anelise explicou que a bactéria é um importante patógeno causador de infecções hospitalares no mundo todo: "A grande importância dessas infecções está relacionada à dificuldade de tratamento devido à habilidade do microorganismo em desenvolver resistência a antimicrobianos e ao controle da transmissão, pela capacidade de se manter viável no meio ambiente por longos períodos".
Breier esclareceu que já aconteceram outras situações de interrupção temporária em UTIs de Trauma de Porto Alegre, por precaução. Segundo ela, as UTIs lotadas e os pacientes graves são os principais responsáveis pela infecção. "Normalmente, a unidade é interditada quando o contágio corresponde a mais de 50% dos pacientes da Unidade de Trauma", explicou.
Notificações - Desde julho de 2007, a SMS já recebeu 400 notificações de casos de infecção pela bactéria Acinetobacter sp. Todos os casos estão sendo estudados e não se pode afirmar se algumas mortes neste período foram causadas pela bactéria. "Quando recebemos a notificação dos hospitais, não é comunicado o desfecho dos casos. Estudos indicam que ainda não é possível estabelecer um óbito causado pela Acinetobacter", ressaltou. Breier afirmou também que há três anos a bactéria adquiriu um nível endêmico. "A Acinetobacter veio para ficar. Vamos conviver com ela sempre. No entanto, não há motivo para pânico. A grande maioria das situações está sendo resolvida. Todos os pacientes internados estão sendo examinados diariamente", enfatizou.
Fonte: http://www2.portoalegre.rs.gov.br/cs/default.php?reg=88201&p_secao=3&di=2008-04-03
quarta-feira, 2 de abril de 2008
Acinetobacter - Porto Alegre
Segunda-Feira, 31 de março de 2008
SIMERS alerta que contaminação de bactérias atinge mais hospitais
Fonte: Imprensa/SIMERS
Maria Rita e deputada encontram diretorFotos: Patrícia Comunello
A vice-presidente do Sindicato Médico do RS (SIMERS), Maria Rita de Assis Brasil, alertou nesta segunda, dia 31, depois de visita ao Hospital de Pronto Socorro (HPS) da Capital, para a gravidade da contaminação por bactérias que fechou uma das UTIs do hospital e atinge outras instituições. O fato foi admitido pelo diretor do HPS, Paulo Roberto Azambuja, ao informar que mais quatro hospitais enfrentam o mesmo problema. Nesta terça, às 9h, Maria Rita acompanha a deputada federal Luciana Genro em conversa com a superintendente do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), Jussara Cony. O encontro buscará dados sobre as condições de atendimento nos hospitais Cristo Redentor e Conceição. Carta enviada ao SIMERS pelo Conceição informa que uma das salas da emergência será fechada no começo do abril para medidas de prevenção à bactéria. Maria Rita defende que o município adote um plano de ação global envolvendo todos os gestores públicos do SUS ante o impacto das contaminações para o atendimento da população. “Estamos diante de uma nova variável que cria ainda mais dificuldades para o funcionamento da saúde pública (além da tradicional falta de leitos, de remédios etc), algo comparável à epidemia da dengue no Rio”, opina Maria Rita. ”Trata-se de germes (acinetobacter) que têm cada vez mais resistência, exigem tratamento forte e com antibiótico muito específico e nem sempre facilmente disponível e que encontram ambiente favorável para proliferar”, elencou a dirigente. A escassez de leitos e a superlotação são apontados por Maria Rita como agravantes do problema. Com o fechamento da UTI do HPS, o Cristo Redentor passa a ser a principal referência em trauma. Informações indicam lotação de vagas na instituição. Maria Rita e Luciana buscarão esclarecer informação de que hospitais do GHC tiveram registro da bactéria. Carta enviada ao Sindicato Médico comunica que a Sala Vermelha da emergência será fechada entre 2 e 6 de abril, para reforma, higienização e readequação física. Segundo o comunicado, “todas as medidas tem como objetivo prevenir os casos de Acinetobacter carbapenén resistentes” e que gestores da saúde e municípios da região foram avisados para que busquem alternativas em outras unidades hospitalares. No encontro com o diretor do HPS, Maria Rita e a deputada federal Luciana Genro questionaram o repasse de recursos e melhorias na estrutura física, além da contratação de servidores. Segundo Luciana, há déficit de 80 médicos e de mais de cem servidores. Também disse que o hospital deixou de receber R$ 4,5 milhões em 2007 do QualiSUS e que este ano os repasses do orçamento pelo município estão atrasados. Azambuja admitiu que a superlotação da UTI de trauma é corriqueira, mas procurou desvincular da contaminação. Segundo ele, dois dos 13 pacientes da unidade interditada morreram desde sexta, mas nenhum dos óbitos teria relação com a bactéria. Um dos mortos estava com a bactéria. Seis dos 11 pacientes que estão na UTI têm o germe. O diretor do HPS disse que desde a interdição nenhum paciente atendido na emergência teve de ser transferido para leitos em UTIs de outros hospitais. Se isso ocorrer, a direção acionará a Central de Regulação, que é gerenciada pela Secretaria Municipal da Saúde, ou comprará vagas na rede privada. Ele disse que "sempre se dá um jeitinho". O HPS atende diariamente cerca de 900 casos, sendo dois terços deles de politraumatizados. Oito a dez são de pacientes graves. Destes, dois a três casos necessitam de cuidados de UTI.
Acinetobacter em infecção cirúrgica...
Como o Acinetobacter se prolifera em uma cirurgia causando infecção? Quais as precauções que devem ser tomadas.
Acinetobacter. (extraído do livro Infecção Hospitalar e suas Interfaces na Área da Saúde) Este gênero é composto por cocobacilos gram-negativos não fermentadores, imóveis (daí o nome a-cineto), oxidase negativos. Por estudos de hibridização de DNA foram identificados 18 genomas específicos, 7 dos quais já nomeados, A. calcoaceticus, A. baumannii, A. haemolyticus, A. junii. A. johnsonii, A. lwoffi e A. radioresistans. São bactérias de vida livre, geralmente encapsuladas, amplamente distribuídas na natureza, podendo ser isoladas em objetos inanimados e animados, presentes em praticamente 100% de amostras de solo e água, transmitidos pelo contato direto e indireto com estas fontes e possivelmente por via aérea . Este é o mais freqüente gênero de bactérias gram-negativas isoladas colonizando persistentemente a pele humana, principalmente em dobras, sendo que o A. johnsonii, A. lwoffi e A. radioresistans são habitantes naturais. O complexo A. calcoaceticus/A. baumannii é encontrado na pele em até 25% das pessoas sadias albergam e na cavidade oral em até 7% destas, aumentando em pacientes hospitalizados e profissionais de saúde. É observado em escarro, urina, fezes, conjuntiva, secreções vaginais e sítio de traqueostomia . São germes oportunistas, necessitando de falha do sistema imune normal para causar infecção e os principais fatores de risco encontrados são uso prévio de antibióticos, cirurgia, instrumentação, alcoolismo, tabagismo, trauma, doença pulmonar crônica, recém-nascidos de baixo peso, diabetes mellitus, neoplasia, drogas antineoplásicas, internação em unidade de queimados e em terapia intensiva . Os principais fatores de virulência do microrganismo são sua cápsula polissacarídea antifagocitária, fímbria que potencializa a aderência e um lipopolissacarídeo biologicamente ativo. Devido sua ampla distribuição, grande parte dos isolados em hospital são colonizantes e não infectantes. Há grande dificuldade de estabelecer significância no seu achado, pois colonizam tecidos sadios e lesados . Além disto, muitas vezes são confundidos com outros germes gram-negativos, como no líquor com N. menintidis, na uretra com N. gonorrhoeae e no escarro com Haemophilus influenzae.
Assumem importância crescente no ambiente hospitalar, sobrevivendo em superfícies úmidas ou secas e colonizando a pele de pacientes e da própria equipe de saúde, principalmente suas mãos, ocasionando contaminação cruzada. Sua capacidade de sobrevivência no ambiente é grande, por exemplo em uma bancada uma colônia sobrevive por até nove dias contra menos de um dia observada para P. aeruginosa . A espécie mais frequentemente encontrada em hospitais é o complexo A. calcoaceticus/A. baumannii, isolados em infecções nos tratos respiratório, urinário, ferida cirúrgica e acesso vascular, podendo levar a quadros septicêmicos, mas pode causar infecções em virtualmente todos os órgãos. A letalidade chega a ser superior a 36% . No National Nosocomial Infection Study (NNIS) este gênero foi identificado como responsável por 0,61% das infecções hospitalares . Em levantamentos nos EUA foi isolado em 3% das pneumonias nosocomiais . Muitas infecções hospitalares estão associadas a surtos, por exemplo, tendo sido identificado em nutrição parenteral prolongada causando infecções sistêmicas em terapia intensiva . No ambiente hospitalar foram isolados em leite pasteurizado, alimentos congelados, dieta enteral, superfícies fixas, ar hospitalar, névoa de nebulizadores, tenda úmida, circuíto respiratório, ressucitadores, ventiladores, torneiras, pias, esgôto, urinóis, poeira, banhos de dialisado peritoneal, toalhas de rosto, roupas de cama, travesseiros, catéteres de angiografia, transdutores de pressão, luvas contaminadas, duodenoscópios, seringas reusadas, sangue e derivados, soluções de proteínas plasmáticas, de nutrição parenteral prolongada, soluções salinas e demais soluções parenterais . Cepas multirresistentes são isoladas com freqüência, devido principalmente a produção de beta-lactamase de amplo espectro, enzimas modificadoras de aminoglicosídeos e alteração das proteínas de ligação das penicilinas (PBP). A colonização de pacientes não requer qualquer medida terapêutica específica, porém quando associados a infecção com presença de catéteres seu tratamento é obtido, na maioria das vezes, com a retirada destes. Inicialmente sensíveis a ampicilina, cefalosporinas de primeira e segunda geração, minociclina, colistina, carbenicilina, gentamicina e cloranfenicol, atualmente apresentam freqüentemente resistência. Apresentam um variável perfil de sensibilidade, logo para seu tratamento é necessário o conhecimento de dados específicos da instituição, sendo melhor a sensibilidade para quinolonas, ceftazidima, doxiciclina, co-trimoxazol, imipenem/cilastatina, amoxacilina/clavulanato e ampicilina/sulbactam , , mas surtos têm sido identificados com cepas resistentes a estes antibióticos, nestes casos sendo utilizada como opção terapêutica associação de ticarcilina/sulbactam com minociclina.
Fonte: http://www.ccih.med.br/forum/messages/22/403.html?1119128601
link arquivo pdf sobre a bacteria: http://www.praticahospitalar.com.br/pratica%2051/pdfs/mat%2005.pdf
A bactéria - O que é a Acinetobacter sp.
É um microrganismo que pode se desenvolver tanto na pele dos seres humanos quanto no próprio ambiente que os cercam. A sua transmissão geralmente ocorre por meio de contato físico e, em função disso, o isolamento das pessoas infectadas é fundamental durante o tratamento.
Uma das principais características da Acinetobacter sp. é a alta resistência a antibióticos, fato que, muitas vezes, pode gerar lentidão na cura da infecção. Caso não seja tratada da forma adequada, a Acinetobacter sp. pode evoluir para uma infecção generalizada e até levar a morte.
segunda-feira, 31 de março de 2008
A cura encontrada no mato e no mar
segunda-feira, 10 de março de 2008
Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo do Útero e de Mama - Viva Mulher
O Programa Viva Mulher consiste no desenvolvimento e na prática de estratégias que reduzam a mortalidade e as repercussões físicas, psíquicas e sociais do câncer do colo do útero e de mama. Por meio de uma ação conjunta entre o Ministério da Saúde e todos os 26 Estados brasileiros, além do Distrito Federal, são oferecidos serviços de prevenção e detecção precoce em estágios iniciais da doença, assim como tratamento e reabilitação em todo o território nacional.
Qual a situação atual da doença?
Câncer do colo do útero
Dentre todos os tipos, o câncer do colo do útero é o que apresenta um dos mais altos potenciais de prevenção e cura, chegando perto de 100%, quando diagnosticado precocemente. Seu pico de incidência situa-se entre 40 e 60 anos de idade e apenas uma pequena porcentagem ocorre abaixo dos 30 anos.
Consulte a publicação Estimativa de Incidência de Câncer no Brasil para 2008.
Câncer de mama
No Brasil, o câncer de mama é a maior causa de óbitos por câncer na população feminina, principalmente na faixa etária entre 40 e 69 anos. Leia mais.
Um dos fatores que dificultam o tratamento é o estágio avançado em que a doença é descoberta. A maioria dos casos de câncer de mama, no Brasil, é diagnosticada em estágios avançados (III e IV), diminuindo as chances de sobrevida das pacientes e comprometendo os resultados do tratamento.
A quem o Programa se destina?
Em relação ao câncer de colo do útero
Para impedir o avanço da doença no Brasil o Programa Viva Mulher desenvolve ações de detecção precoce, dirigidas às mulheres na faixa etária de 25 a 59 anos de idade, que incluem o diagnóstico precoce (através de exame Papanicolaou e exames de confirmação diagnóstica) e o tratamento necessário de acordo com cada caso.
Em relação ao câncer de mama
Com intuito de detectar as lesões malignas da mama, o Viva Mulher preconiza, de acordo com as recomendações do Consenso para Controle do Câncer de Mama, a realização do exame clínico das mamas para mulheres de todas as faixas etárias, como parte do atendimento integral à mulher. Para mulheres acima de 40 anos de idade, esse exame deve ser realizado anualmente e, para aquelas na faixa etária de 50 a 69 anos recomenda-se a realização de uma mamografia, pelo menos, a cada dois anos. As mulheres submetidas a esses exames devem ter acesso garantido aos demais procedimentos de investigação diagnóstica e de tratamento quando necessário.
Como é feita a prevenção?
Câncer do colo do útero
A prevenção primária pode ser realizada através do uso de preservativos durante a relação sexual, uma vez que a prática de sexo seguro é uma das formas de evitar o contágio com o HPV (vírus do papiloma humano), vírus esse que tem um papel importante para o desenvolvimento do câncer e de suas lesões precursoras.
A principal estratégia utilizada para detecção precoce dessa doença no Brasil, é através do rastreamento, que significa realizar o exame preventivo (Papanicolaou) em mulheres sem os sintomas da doença, com o objetivo de identificar aquelas que possam apresentar a doença em fase muito inicial, quando o tratamento pode ser mais eficaz. O exame preventivo (Papanicolaou) é dirigido a mulheres de 25 a 59 anos que devem submeter-se ao exame periodicamente.
A periodicidade preconizada para a realização desse exame é, inicialmente, 1 exame por ano. No caso de 2 exames normais seguidos (com intervalo de 1 ano entre eles), o exame deverá ser feito a cada 3 anos. Em caso de exames com resultados alterados a mulher deve seguir as orientações fornecidas pelo médico que a acompanha.
O exame Papanicolaou pode ser realizado em postos ou unidades de saúde, próximos a residência da mulher, que tenham profissionais de saúde treinados para essa finalidade.
Câncer de mama
Não existem evidências científicas conclusivas que justifiquem estratégias específicas de prevenção primária. Ações de promoção à saúde dirigidas ao controle das doenças crônicas não-transmissíveis (o que inclui o câncer de mama) devem focar os fatores de risco, especialmente, a obesidade e o tabagismo.
A detecção precoce é a principal estratégia para controle do câncer de mama. Segundo as orientações do Consenso para o Controle do Câncer de Mama, as seguintes ações são recomendadas para o rastreamento do câncer de mama em mulheres assintomáticas:
- Exame Clínico das Mamas realizado anualmente, para as todas as mulheres com 40 anos ou mais. O Exame Clínico das Mamas deve fazer parte, também, do atendimento integral à mulher em todas as faixas etárias;
- Mamografia, para as mulheres com idade entre 50 a 69 anos, com o intervalo máximo de dois anos entre os exames;
- Exame Clínico das Mamas e Mamografia anual, a partir dos 35 anos, para as mulheres pertencentes a grupos populacionais com risco elevado de desenvolver câncer de mama. São consideradas mulheres de risco elevado aquelas com: um ou mais parentes de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) com câncer de mama antes dos 50 anos; um ou mais parentes de primeiro grau com câncer de mama bilateral ou câncer de ovário; história familiar de câncer de mama masculina; lesão mamária proliferativa com atipia comprovada em biópsia;
- As mulheres submetidas ao rastreamento devem ter garantido o acesso aos examesde diagnóstico, ao tratamento e ao acompanhamento das alterações encontradas.
O auto-exame das mamas não deve substituir o exame clínico realizado por profissional de saúde treinado para essa atividade. Entretanto, o exame das mamas pela própria mulher ajuda no conhecimento do corpo e deve estar contemplado nas ações de educação para a saúde.
O exame de Papanicolaou
Como é feita a coleta do material para o exame?
O Programa estabelece padrões para a coleta do material do exame preventivo do câncer do colo do útero, de modo a assegurar a qualidade da avaliação do esfregaço (material coletado) e aumentar a capacidade operacional dos laboratórios.
Figura 1 - Confecção do esfregaço ectocervical em lâmina única | Figura 2 - Confecção do esfregaço endocervical em lâmina única |
O exame clínico das mamas e a mamografia
Como é realizado o exame clínico da mama?
É a palpação da mama, das regiões axilares e das supraclaviculares, realizado por um profissional de saúde (médico ou enfermeiro) durante uma consulta. Nesse exame, poderão ser identificadas alterações na mama e caso necessário será indicado um exame mais específico, como a mamografia.
O que é a mamografia?
A mamografia é um exame radiológico realizado em um aparelho de alta resolução que permite visualizar imagens tumorais e calcificações. Consiste em colocar a mama entre duas placas e emitir um raio-X. A radiação recebida pela paciente é pequena, não sendo prejudicial à saúde. A mamografia permite identificar lesões não-palpáveis e descobrir o câncer de mama quando o tumor ainda é bem pequeno.
Resumo atual do Programa
Em relação ao câncer de colo do útero
O programa introduziu a Cirurgia de Alta Freqüência (CAF) nas unidades secundárias de saúde, com a capacitação de 244 pólos para este tipo de tratamento. Foi implantado, em nível nacional, o SISCOLO - Sistema de Informação de Controle do Colo do Útero -, uma base de dados capaz de fornecer subsídios para a avaliação e planejamento do Programa.
Em relação ao câncer de mama
Foram lançados o Projeto de Capacitação de Recursos Humanos na Área de Saúde, que elabora e distribui o material para treinamento de profissionais de diversos níveis de atenção à saúde e o Projeto de Organização da Rede de Serviços, que adquiriu 50 mamógrafos e 135 pistolas para biópsia por agulha grossa (Core Biopsy) nos pólos de diagnósticos estaduais. Esses equipamentos foram distribuídos pelos 26 estados e Distrito Federal de acordo com as necessidades loco-regionais.
Órgão responsável e parcerias
O Ministério da Saúde por intermédio do Instituto Nacional de Câncer, em parceria com as 27 Secretarias de Saúde.
Mais informações no site: http://www.inca.gov.br/index.asp
Doação de Sangue - Ministério da Saúde
Um simples gesto pode salvar a vida de muita gente:
Tem sempre alguém esperando sua doação. Não cruze os braços para esse problema. Doar sangue não dói, é fácil, rápido, não afeta a sua saúde e você salva muitas vidas. O sangue é um composto de células que cumprem funções como levar oxigênio a cada parte do nosso corpo, defender nosso organismo contra infecções e participar na coagulação. Não existe nada que substitua o sangue. Assim, ele é vital e quando uma pessoa precisa de uma transfusão de sangue, ela precisa de você! A quantidade de sangue retirada não afeta a sua saúde porque a recuperação é imediatamente após a doação. Em uma pessoa adulta tem em média cinco litros de sangue e em uma doação são coletados no máximo 450ml de sangue. É pouco para você e muito para quem precisa! Você passará por uma entrevista que tem o objetivo de dar maior segurança para você e aos pacientes que receberão o seu sangue. Seja sincero ao responder as perguntas! Neste momento você também receberá informações e poderá tirar todas as suas dúvidas.
Condições básicas para doar sangue:
- Sentir-se bem, com saúde;
- Apresentar documento com foto, válido em todo território nacional;
- Ter entre 18 e 65 anos de idade;
- Ter peso acima de 50Kg.
Recomendações para o dia da doação:
- Nunca vá doar sangue em jejum;
- Faça um repouso mínimo de 6 horas na noite anterior a doação;
- Não ingerir bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores;
- Evitar fumar por pelo menos 2 horas antes da doação;
- Evitar alimentos gordurosos nas 3 horas antecedentes a doação;
- Interromper as atividades por 12 horas as pessoas que exercem profissões como: pilotar avião ou helicóptero, conduzir ônibus ou caminhões de grande porte, subir em andaimes e praticar pára-quedismo ou mergulho.
Quem não pode doar?
- Quem teve diagnóstico de hepatite após os 10 anos de idade;
- Mulheres grávidas ou amamentando;
- Pessoas que estão expostas a doenças transmissíveis pelo sangue como AIDS, hepatite, sífilis e doença de chagas;
- Usuários de drogas;
- Aqueles que tiveram relacionamento sexual com parceiro desconhecido ou eventual, sem uso de preservativos.
O que acontece depois da doação?
O doador recebe um lanche, instruções referentes ao seu bem estar e poderá posteriormente conhecer os resultados dos exames que serão feitos em seu sangue. Estes testes detectarão doenças como AIDS, Sífilis, Doença de Chagas, HTLV I/II, Hepatites B e C, além de outro exame para saber o tipo sanguíneo. Se for necessário confirmar algum destes testes, o doador será convocado para coletar uma nova amostra e se necessário, encaminhado a um serviço de saúde.
O que acontece com o sangue doado?
Mais informações no site: http://portal.saude.gov.br/portal/saude/area.cfm?id_area=1296
Programa Nacional de Controle da Dengue - Ministério da Saúde
Em nosso país, as condições socioambientais favoráveis à expansão do Aedes aegypti possibilitaram a dispersão do vetor desde sua reintrodução em 1976 e o avanço da doença. Essa reintrodução não conseguiu ser controlada com os métodos tradicionalmente empregados no combate às doenças transmitidas por vetores em nosso país e no continente. Programas essencialmente centrados no combate químico, com baixíssima ou mesmo nenhuma participação da comunidade, sem integração intersetorial e com pequena utilização do instrumental epidemiológico mostraram-se incapazes de conter um vetor com altíssima capacidade de adaptação ao novo ambiente criado pela urbanização acelerada e pelos novos hábitos.
Nos primeiros seis meses deste ano, 84.535 pessoas tiveram dengue, enquanto que, em 2003, as notificações chegaram a 299.764. Saiba qual é a situação atual da dengue no Brasil e o que tem sido feito para sua erradicação.
NOVAS AÇÕES
O controle proposto pelo Programa Nacional de Controle da Dengue trouxe mudanças efetivas em relação aos modelos anteriores. Veja o que tem sido prioritário. O controle da transmissão do vírus da dengue se dá essencialmente no âmbito coletivo e exige um esforço de toda a sociedade. Por isso, é prioritário para o PNCD:
1. a elaboração de programas permanentes, uma vez que não existe nenhuma evidência técnica de que a erradicação do mosquito seja possível, a curto prazo;
2. o desenvolvimento de campanhas de informação e mobilização das pessoas, de maneira a se criar o envolvimento da sociedade na manutenção do ambiente doméstico livre de potenciais criadouros do vetor;
3. fortalecimento da vigilância epidemiológica e entomológica para ampliar a capacidade de predição e de detecção precoce de surtos da doença;
4. melhoria da qualidade do trabalho de campo de combate ao vetor;
5. integração das ações de controle da dengue na atenção básica, com a mobilização dos Programas de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) e Programas de Saúde da Família (PSF);
6. utilização de instrumentos legais que facilitem o trabalho do poder público na eliminação de criadouros em imóveis comerciais, casas abandonadas etc;
7. atuação multissetorial por meio do fomento à destinação adequada de resíduos sólidos e a utilização de recursos seguros para armazenagem de água;
8. desenvolvimento de instrumentos mais eficazes de acompanhamento e supervisão das ações desenvolvidas pelo Ministério da Saúde, estados e municípios.
PROGRAMA NACIONAL
Com as dificuldades enfrentadas nas diversas tentativas de erradicação da doença, a idéia é garantir uma forte campanha de mobilização social, em 2002 o objetivo passa a ser a redução do dano causado pela doença. A dengue é um dos principais problemas de saúde pública no mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que entre 50 a 100 milhões de pessoas se infectem anualmente, em mais de 100 países, de todos os continentes, exceto a Europa. Cerca de 550 mil doentes necessitam de hospitalização e 20 mil morrem em conseqüência da dengue.
Em nosso país, as condições socio-ambientais favoráveis à expansão do Aedes aegypti possibilitaram a dispersão do vetor desde sua reintrodução em 1976 e o avanço da doença. Essa reintrodução não conseguiu ser controlada com os métodos tradicionalmente empregados no combate às doenças transmitidas por vetores. Programas com baixíssima ou mesmo nenhuma participação da comunidade, sem integração intersetorial e com pequena utilização do instrumental epidemiológico mostraram-se incapazes de conter um vetor com altíssima capacidade de adaptação ao novo ambiente criado pela urbanização acelerada e pelos novos hábitos.
Em 1996, o Ministério da Saúde decidiu rever sua estratégia e propôs o Programa de Erradicação do Aedes aegypti (PEAa). Ao longo do processo de implantação desse programa observou-se a inviabilidade técnica de erradicação do mosquito a curto e médio prazos. O PEAa, mesmo não atingindo seus objetivos, teve méritos ao propor a necessidade de atuação multissetorial e prever um modelo descentralizado de combate à doença, com a participação das três esferas de governo: Federal, Estadual e Municipal.
A implantação do PEAa resultou em um fortalecimento das ações de combate ao vetor, com um significativo aumento dos recursos utilizados para essas atividades, mas ainda com as ações de prevenção centradas quase que exclusivamente nas atividades de campo de combate ao Aedes aegypti. Essa estratégia, comum aos programas de controle de doenças transmitidas por vetor em todo o mundo, mostrou-se absolutamente incapaz de responder à complexidade epidemiológica da dengue.
Os resultados obtidos no Brasil e o próprio panorama internacional, onde inexistem evidências da viabilidade de uma política de erradicação do vetor, a curto prazo, levaram o Ministério da Saúde a fazer uma nova avaliação dos avanços e das limitações, com o objetivo de estabelecer um novo programa que incorporasse elementos como a mobilização social e a participação comunitária, indispensáveis para responder de forma adequada a um vetor altamente domiciliado.
Diante da tendência de aumento da incidência verificada no final da década de 90 e da introdução de um novo sorotipo (Dengue 3) que prenunciava um elevado risco de epidemias de dengue e de aumento nos casos de Febre Hemorrágica de Dengue (FHD), o Ministério da Saúde, com a parceria da Organização Pan-Americana de Saúde, realizou um Seminário Internacional, em junho de 2001, para avaliar as diversas experiências bem sucedidas no controle da doença e elaborar um Plano de Intensificação das Ações de Controle da Dengue (PIACD).
A introdução do sorotipo 3 e sua rápida disseminação para oito estados, em apenas três meses, evidenciou a facilidade para a circulação de novos sorotipos ou cepas do vírus com as multidões que se deslocam diariamente. Estes eventos ressaltaram a possibilidade de ocorrência de novas epidemias de dengue e de FHD. Neste cenário epidemiológico, tornou-se imperioso que o conjunto de ações que vinham sendo realizadas e outras a serem implantadas fossem intensificadas, permitindo um melhor enfrentamento do problema e a redução do impacto da dengue no Brasil. Com esse objetivo, o Ministério da Saúde implantou em 2002 o Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD).
Muito embora outras causas tenham influenciado, considera-se que as ações do PNCD, desenvolvidas em parceria com Estados e Municípios, tenham contribuído na redução de 73,3% dos casos da doença no primeiro semestre de 2004 em relação ao mesmo período do ano anterior. Dados da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde mostram que, nos primeiros seis meses de 2004, 84.535 pessoas tiveram dengue, enquanto que, em 2003, as notificações chegaram a 299.764.