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segunda-feira, 7 de abril de 2008

SMS combate a bactéria Acinetobacter nas UTIs

SMS combate a bactéria Acinetobacter nas UTIs


A Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde (CGVS) e hospitais de Porto Alegre adotaram medidas para combater casos de contaminação ocasionados pela bactéria Acinetobacter sp. (veja vídeo). Os pacientes internados são monitorados diariamente e a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informa que não há motivo para as pessoas assustarem-se.


De acordo com o secretário municipal de Saúde, o vice-prefeito Eliseu Santos, não existe razão para desespero da população e para o cancelamento de cirurgias eletivas e internações. “A bactéria é um problema mundial e ataca pessoas com baixa imunidade”, afirmou Eliseu. Desde julho do ano passado, todos os hospitais da Capital têm notificado os casos envolvendo o Acinetobacter para a Vigilância em Saúde. Dos 24 hospitais clínicos da cidade, 15 já notificaram casos de infecção ou colonização da bactéria.


No passado, profissionais de saúde elaboraram o "Manual de Controle da disseminação de Acinetobacter sp resistente a carbapenêmicos", que define medidas para prevenir a disseminação dessas bactérias a outros pacientes e servidores da saúde.


Prevenção - A enfermeira da Vigilância em Saúde Anelise Breier salientou que, para prevenir a disseminação da Acinetobacter, a solução mais simples e eficaz é higienizar as mãos. Anelise explicou que a bactéria é um importante patógeno causador de infecções hospitalares no mundo todo: "A grande importância dessas infecções está relacionada à dificuldade de tratamento devido à habilidade do microorganismo em desenvolver resistência a antimicrobianos e ao controle da transmissão, pela capacidade de se manter viável no meio ambiente por longos períodos".


Breier esclareceu que já aconteceram outras situações de interrupção temporária em UTIs de Trauma de Porto Alegre, por precaução. Segundo ela, as UTIs lotadas e os pacientes graves são os principais responsáveis pela infecção. "Normalmente, a unidade é interditada quando o contágio corresponde a mais de 50% dos pacientes da Unidade de Trauma", explicou.


Notificações - Desde julho de 2007, a SMS já recebeu 400 notificações de casos de infecção pela bactéria Acinetobacter sp. Todos os casos estão sendo estudados e não se pode afirmar se algumas mortes neste período foram causadas pela bactéria. "Quando recebemos a notificação dos hospitais, não é comunicado o desfecho dos casos. Estudos indicam que ainda não é possível estabelecer um óbito causado pela Acinetobacter", ressaltou. Breier afirmou também que há três anos a bactéria adquiriu um nível endêmico. "A Acinetobacter veio para ficar. Vamos conviver com ela sempre. No entanto, não há motivo para pânico. A grande maioria das situações está sendo resolvida. Todos os pacientes internados estão sendo examinados diariamente", enfatizou.

Fonte: http://www2.portoalegre.rs.gov.br/cs/default.php?reg=88201&p_secao=3&di=2008-04-03

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Acinetobacter - Porto Alegre

Segunda-Feira, 31 de março de 2008
SIMERS alerta que contaminação de bactérias atinge mais hospitais
Fonte: Imprensa/SIMERS

Maria Rita e deputada encontram diretorFotos: Patrícia Comunello

A vice-presidente do Sindicato Médico do RS (SIMERS), Maria Rita de Assis Brasil, alertou nesta segunda, dia 31, depois de visita ao Hospital de Pronto Socorro (HPS) da Capital, para a gravidade da contaminação por bactérias que fechou uma das UTIs do hospital e atinge outras instituições. O fato foi admitido pelo diretor do HPS, Paulo Roberto Azambuja, ao informar que mais quatro hospitais enfrentam o mesmo problema. Nesta terça, às 9h, Maria Rita acompanha a deputada federal Luciana Genro em conversa com a superintendente do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), Jussara Cony. O encontro buscará dados sobre as condições de atendimento nos hospitais Cristo Redentor e Conceição. Carta enviada ao SIMERS pelo Conceição informa que uma das salas da emergência será fechada no começo do abril para medidas de prevenção à bactéria. Maria Rita defende que o município adote um plano de ação global envolvendo todos os gestores públicos do SUS ante o impacto das contaminações para o atendimento da população. “Estamos diante de uma nova variável que cria ainda mais dificuldades para o funcionamento da saúde pública (além da tradicional falta de leitos, de remédios etc), algo comparável à epidemia da dengue no Rio”, opina Maria Rita. ”Trata-se de germes (acinetobacter) que têm cada vez mais resistência, exigem tratamento forte e com antibiótico muito específico e nem sempre facilmente disponível e que encontram ambiente favorável para proliferar”, elencou a dirigente. A escassez de leitos e a superlotação são apontados por Maria Rita como agravantes do problema. Com o fechamento da UTI do HPS, o Cristo Redentor passa a ser a principal referência em trauma. Informações indicam lotação de vagas na instituição. Maria Rita e Luciana buscarão esclarecer informação de que hospitais do GHC tiveram registro da bactéria. Carta enviada ao Sindicato Médico comunica que a Sala Vermelha da emergência será fechada entre 2 e 6 de abril, para reforma, higienização e readequação física. Segundo o comunicado, “todas as medidas tem como objetivo prevenir os casos de Acinetobacter carbapenén resistentes” e que gestores da saúde e municípios da região foram avisados para que busquem alternativas em outras unidades hospitalares. No encontro com o diretor do HPS, Maria Rita e a deputada federal Luciana Genro questionaram o repasse de recursos e melhorias na estrutura física, além da contratação de servidores. Segundo Luciana, há déficit de 80 médicos e de mais de cem servidores. Também disse que o hospital deixou de receber R$ 4,5 milhões em 2007 do QualiSUS e que este ano os repasses do orçamento pelo município estão atrasados. Azambuja admitiu que a superlotação da UTI de trauma é corriqueira, mas procurou desvincular da contaminação. Segundo ele, dois dos 13 pacientes da unidade interditada morreram desde sexta, mas nenhum dos óbitos teria relação com a bactéria. Um dos mortos estava com a bactéria. Seis dos 11 pacientes que estão na UTI têm o germe. O diretor do HPS disse que desde a interdição nenhum paciente atendido na emergência teve de ser transferido para leitos em UTIs de outros hospitais. Se isso ocorrer, a direção acionará a Central de Regulação, que é gerenciada pela Secretaria Municipal da Saúde, ou comprará vagas na rede privada. Ele disse que "sempre se dá um jeitinho". O HPS atende diariamente cerca de 900 casos, sendo dois terços deles de politraumatizados. Oito a dez são de pacientes graves. Destes, dois a três casos necessitam de cuidados de UTI.

Fonte: http://www.simers.org.br/cms/php/site_monta_internas.php?tabela=site_noticias&id_item=341&area=sindicato&menu=comunicacao#

Acinetobacter em infecção cirúrgica...
Como o Acinetobacter se prolifera em uma cirurgia causando infecção? Quais as precauções que devem ser tomadas.


Acinetobacter. (extraído do livro Infecção Hospitalar e suas Interfaces na Área da Saúde) Este gênero é composto por cocobacilos gram-negativos não fermentadores, imóveis (daí o nome a-cineto), oxidase negativos. Por estudos de hibridização de DNA foram identificados 18 genomas específicos, 7 dos quais já nomeados, A. calcoaceticus, A. baumannii, A. haemolyticus, A. junii. A. johnsonii, A. lwoffi e A. radioresistans. São bactérias de vida livre, geralmente encapsuladas, amplamente distribuídas na natureza, podendo ser isoladas em objetos inanimados e animados, presentes em praticamente 100% de amostras de solo e água, transmitidos pelo contato direto e indireto com estas fontes e possivelmente por via aérea . Este é o mais freqüente gênero de bactérias gram-negativas isoladas colonizando persistentemente a pele humana, principalmente em dobras, sendo que o A. johnsonii, A. lwoffi e A. radioresistans são habitantes naturais. O complexo A. calcoaceticus/A. baumannii é encontrado na pele em até 25% das pessoas sadias albergam e na cavidade oral em até 7% destas, aumentando em pacientes hospitalizados e profissionais de saúde. É observado em escarro, urina, fezes, conjuntiva, secreções vaginais e sítio de traqueostomia . São germes oportunistas, necessitando de falha do sistema imune normal para causar infecção e os principais fatores de risco encontrados são uso prévio de antibióticos, cirurgia, instrumentação, alcoolismo, tabagismo, trauma, doença pulmonar crônica, recém-nascidos de baixo peso, diabetes mellitus, neoplasia, drogas antineoplásicas, internação em unidade de queimados e em terapia intensiva . Os principais fatores de virulência do microrganismo são sua cápsula polissacarídea antifagocitária, fímbria que potencializa a aderência e um lipopolissacarídeo biologicamente ativo. Devido sua ampla distribuição, grande parte dos isolados em hospital são colonizantes e não infectantes. Há grande dificuldade de estabelecer significância no seu achado, pois colonizam tecidos sadios e lesados . Além disto, muitas vezes são confundidos com outros germes gram-negativos, como no líquor com N. menintidis, na uretra com N. gonorrhoeae e no escarro com Haemophilus influenzae.
Assumem importância crescente no ambiente hospitalar, sobrevivendo em superfícies úmidas ou secas e colonizando a pele de pacientes e da própria equipe de saúde, principalmente suas mãos, ocasionando contaminação cruzada. Sua capacidade de sobrevivência no ambiente é grande, por exemplo em uma bancada uma colônia sobrevive por até nove dias contra menos de um dia observada para P. aeruginosa . A espécie mais frequentemente encontrada em hospitais é o complexo A. calcoaceticus/A. baumannii, isolados em infecções nos tratos respiratório, urinário, ferida cirúrgica e acesso vascular, podendo levar a quadros septicêmicos, mas pode causar infecções em virtualmente todos os órgãos. A letalidade chega a ser superior a 36% . No National Nosocomial Infection Study (NNIS) este gênero foi identificado como responsável por 0,61% das infecções hospitalares . Em levantamentos nos EUA foi isolado em 3% das pneumonias nosocomiais . Muitas infecções hospitalares estão associadas a surtos, por exemplo, tendo sido identificado em nutrição parenteral prolongada causando infecções sistêmicas em terapia intensiva . No ambiente hospitalar foram isolados em leite pasteurizado, alimentos congelados, dieta enteral, superfícies fixas, ar hospitalar, névoa de nebulizadores, tenda úmida, circuíto respiratório, ressucitadores, ventiladores, torneiras, pias, esgôto, urinóis, poeira, banhos de dialisado peritoneal, toalhas de rosto, roupas de cama, travesseiros, catéteres de angiografia, transdutores de pressão, luvas contaminadas, duodenoscópios, seringas reusadas, sangue e derivados, soluções de proteínas plasmáticas, de nutrição parenteral prolongada, soluções salinas e demais soluções parenterais . Cepas multirresistentes são isoladas com freqüência, devido principalmente a produção de beta-lactamase de amplo espectro, enzimas modificadoras de aminoglicosídeos e alteração das proteínas de ligação das penicilinas (PBP). A colonização de pacientes não requer qualquer medida terapêutica específica, porém quando associados a infecção com presença de catéteres seu tratamento é obtido, na maioria das vezes, com a retirada destes. Inicialmente sensíveis a ampicilina, cefalosporinas de primeira e segunda geração, minociclina, colistina, carbenicilina, gentamicina e cloranfenicol, atualmente apresentam freqüentemente resistência. Apresentam um variável perfil de sensibilidade, logo para seu tratamento é necessário o conhecimento de dados específicos da instituição, sendo melhor a sensibilidade para quinolonas, ceftazidima, doxiciclina, co-trimoxazol, imipenem/cilastatina, amoxacilina/clavulanato e ampicilina/sulbactam , , mas surtos têm sido identificados com cepas resistentes a estes antibióticos, nestes casos sendo utilizada como opção terapêutica associação de ticarcilina/sulbactam com minociclina.

Fonte: http://www.ccih.med.br/forum/messages/22/403.html?1119128601

link arquivo pdf sobre a bacteria: http://www.praticahospitalar.com.br/pratica%2051/pdfs/mat%2005.pdf

A bactéria - O que é a Acinetobacter sp.
É um microrganismo que pode se desenvolver tanto na pele dos seres humanos quanto no próprio ambiente que os cercam. A sua transmissão geralmente ocorre por meio de contato físico e, em função disso, o isolamento das pessoas infectadas é fundamental durante o tratamento.
Uma das principais características da Acinetobacter sp. é a alta resistência a antibióticos, fato que, muitas vezes, pode gerar lentidão na cura da infecção. Caso não seja tratada da forma adequada, a Acinetobacter sp. pode evoluir para uma infecção generalizada e até levar a morte.

Fonte: http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1&section=Geral&newsID=a1811349.htm