Anemia
A anemia é a diminuição dos níveis de hemoglobina na circulação. A principal função da hemoglobina, uma proteína presente nas hemácias, é o transporte de oxigênio dos pulmões para os tecidos.
Os valores de normalidade da hemoglobina variam com o sexo e a idade. Em indivíduos adultos (maiores que 16 anos) do sexo masculino, o limite inferior da normalidade é de 13,5 g/dL. Em mulheres adultas este valor é de 12,0 g/dL.
É muito importante lembrar que o termo anemia reflete tão somente o baixo nível de hemoglobina circulante, o que não firma o diagnóstico etiológico. Portanto, uma vez presente, é necessário seguir investigação para determinar qual a sua causa.
Sinais e sintomas
São variáveis e dependem da gravidade do quadro, da sua velocidade de instalação e dos níveis de hemoglobina. Podem ocorrer:
* fadiga e fraqueza
* palidez cutâneo-mucosa (pele, conjuntiva)
* dificuldade de concentração
* vertigens e tonturas
* palpitações e taquicardia
* claudicação (dores nas pernas)
* dispnéia (falta de ar)
Etiologia
As causas de anemia são variadas. Podemos citar:
* Causas Genéticas:
o Defeitos na hemoglobina:
+ doença falciforme
+ hemoglobinopatia SC
+ hemoglobinopatia C
+ hemoglobinopatia E
+ hemoglobinopatia D
+ Síndromes Talassêmicas
o Defeitos na membrana do eritrócito
+ eliptocitose
+ esferocitose
o Defeitos enzimáticos
+ deficiência em glucose-6-fosfato desidrogenase
* Causas Nutricionais:
o Deficiência de ferro (Anemia Ferropriva)
o Deficiência de vitamina B12 (Anemia perniciosa)
o Deficiência de folato (Anemia megaloblástica)
* Causas Hemorrágicas:
o Agudas: Hemorragias excessivas por acidentes, cirurgias, parto
o Crônicas: Sangramentos crônicos que podem ocorrer por múltiplas causas, dentre elas ciclo menstrual excessivo, sangramento por hemorróidas, neoplasias intestinais ou outras, úlceras
* Causas Imunológicas:
o Anemia Hemolítica Auto-Imune
* Pelo uso de medicamentos e exposição a produtos químicos:
o Anemia aplásica
o Anemia megaloblástica
* Doenças Crônicas:
o Hipotireoidismo
o Doenças Renais (provocando problemas na síntese de eritropoietina)
o Neoplasias
o Infecções:
+ Virais: hepatites, Aids
+ Bacterianas: septicemia
+ Protozoárias: Malária, Toxoplasmose, Leishmaniose
Diagnóstico
hemograma é o principal exame a ser realizado quando há suspeita de anemia. Neste exame é possível a avaliação da série vermelha, que inclui os seguintes parâmetros:
* número total de hemácias
* hemoglobina
* hematócrito
* volume corpuscular médio (VCM)
* hemoglobina corpuscular média (HCM)
* concentração de hemoglobina corpuscular média (CHCM)
* Red Cell Width (RDW)
Os valores da normalidade variam de acordo com sexo e idade. Além destes parâmetros, a análise morfológica das hemácias é útil também para o diagnóstico etiológico.
A contagem de reticulócitos é usada para avaliar a produção das hemácias. Expresso em percentagem, o valor normal é de até 2%. Em termos absolutos varia entre 16.000 e 70.000 reticulócitos/mm3.
Outros exames podem ser utilizados para auxiliar no diagnóstico, tais como a dosagem de ferritina e ferro séricos, eletroforese de hemoglobina, teste da G6PD, teste da resistência globular osmótica, teste de Coombs, teste de HAM, dosagem de DHL, entre outros.
Classificação
Produção vs. destruição e/ou perda
Esta classificação depende da contagem de reticulócitos. Sinais de destruição com sinais de hemólise apresentam aumento de reticulócitos e DHL.
Tamanho das hemácias
As anemias podem ser classificadas de acordo com o tamanho das hemácias, inferido através do volume corpuscular médio (VCM). No adulto, o VCM normal situa-se entre 80 a 100 fl. Assim, é possível classificar como anemia normocítica aquelas que estão dentro do valor de normalidade do VCM, microcíticas aquelas abaixo de 80 fl e macrocícitas as acima de 100 fl.
Anemias microcíticas
Anemia ferropriva (a mais comum), hemoglobinopatias (talassemia, hemoglobinopatia C, E e outras), secundárias a algumas doenças crônicas, anemia sideroblástica. A anemia ferropriva é causada pela deficiência de ferro.
Anemias macrocíticas
Anemia megaloblástica, anemia perniciosa, alcoolismo, uso de certas medicações (metrotrexate, zidovudina (AZT), entre outros)
Anemias normocíticas
Hemorragias agudas, anemia aplástica, anemia falciforme, secundárias a doenças crônicas.
Tratamento
O melhor remédio para a prevenção da anemia é, sem dúvida, uma alimentação bem variada, e especialmente para os alimentos ricos naturalmente em ferro e os enriquecidos ou fortificados com algum tipo de mineral.
Deve lembrar-se que as melhores fontes naturais de ferro são os alimentos de origem animal (fígado e carnes) por possuírem um tipo de ferro melhor aproveitado pelo nosso organismo. Ao contrário do que muitas pessoas pensam e falam a respeito do ferro em alimentos, leite e ovos não são boas fontes. No entanto, atualmente já existe no mercado leite enriquecido com ferro.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Anemia
A anemia é a diminuição dos níveis de hemoglobina na circulação. A principal função da hemoglobina, uma proteína presente nas hemácias, é o transporte de oxigênio dos pulmões para os tecidos.
Os valores de normalidade da hemoglobina variam com o sexo e a idade. Em indivíduos adultos (maiores que 16 anos) do sexo masculino, o limite inferior da normalidade é de 13,5 g/dL. Em mulheres adultas este valor é de 12,0 g/dL.
É muito importante lembrar que o termo anemia reflete tão somente o baixo nível de hemoglobina circulante, o que não firma o diagnóstico etiológico. Portanto, uma vez presente, é necessário seguir investigação para determinar qual a sua causa.
Sinais e sintomas
São variáveis e dependem da gravidade do quadro, da sua velocidade de instalação e dos níveis de hemoglobina. Podem ocorrer:
* fadiga e fraqueza
* palidez cutâneo-mucosa (pele, conjuntiva)
* dificuldade de concentração
* vertigens e tonturas
* palpitações e taquicardia
* claudicação (dores nas pernas)
* dispnéia (falta de ar)
Etiologia
As causas de anemia são variadas. Podemos citar:
* Causas Genéticas:
o Defeitos na hemoglobina:
+ doença falciforme
+ hemoglobinopatia SC
+ hemoglobinopatia C
+ hemoglobinopatia E
+ hemoglobinopatia D
+ Síndromes Talassêmicas
o Defeitos na membrana do eritrócito
+ eliptocitose
+ esferocitose
o Defeitos enzimáticos
+ deficiência em glucose-6-fosfato desidrogenase
* Causas Nutricionais:
o Deficiência de ferro (Anemia Ferropriva)
o Deficiência de vitamina B12 (Anemia perniciosa)
o Deficiência de folato (Anemia megaloblástica)
* Causas Hemorrágicas:
o Agudas: Hemorragias excessivas por acidentes, cirurgias, parto
o Crônicas: Sangramentos crônicos que podem ocorrer por múltiplas causas, dentre elas ciclo menstrual excessivo, sangramento por hemorróidas, neoplasias intestinais ou outras, úlceras
* Causas Imunológicas:
o Anemia Hemolítica Auto-Imune
* Pelo uso de medicamentos e exposição a produtos químicos:
o Anemia aplásica
o Anemia megaloblástica
* Doenças Crônicas:
o Hipotireoidismo
o Doenças Renais (provocando problemas na síntese de eritropoietina)
o Neoplasias
o Infecções:
+ Virais: hepatites, Aids
+ Bacterianas: septicemia
+ Protozoárias: Malária, Toxoplasmose, Leishmaniose
Diagnóstico
hemograma é o principal exame a ser realizado quando há suspeita de anemia. Neste exame é possível a avaliação da série vermelha, que inclui os seguintes parâmetros:
* número total de hemácias
* hemoglobina
* hematócrito
* volume corpuscular médio (VCM)
* hemoglobina corpuscular média (HCM)
* concentração de hemoglobina corpuscular média (CHCM)
* Red Cell Width (RDW)
Os valores da normalidade variam de acordo com sexo e idade. Além destes parâmetros, a análise morfológica das hemácias é útil também para o diagnóstico etiológico.
A contagem de reticulócitos é usada para avaliar a produção das hemácias. Expresso em percentagem, o valor normal é de até 2%. Em termos absolutos varia entre 16.000 e 70.000 reticulócitos/mm3.
Outros exames podem ser utilizados para auxiliar no diagnóstico, tais como a dosagem de ferritina e ferro séricos, eletroforese de hemoglobina, teste da G6PD, teste da resistência globular osmótica, teste de Coombs, teste de HAM, dosagem de DHL, entre outros.
Classificação
Produção vs. destruição e/ou perda
Esta classificação depende da contagem de reticulócitos. Sinais de destruição com sinais de hemólise apresentam aumento de reticulócitos e DHL.
Tamanho das hemácias
As anemias podem ser classificadas de acordo com o tamanho das hemácias, inferido através do volume corpuscular médio (VCM). No adulto, o VCM normal situa-se entre 80 a 100 fl. Assim, é possível classificar como anemia normocítica aquelas que estão dentro do valor de normalidade do VCM, microcíticas aquelas abaixo de 80 fl e macrocícitas as acima de 100 fl.
Anemias microcíticas
Anemia ferropriva (a mais comum), hemoglobinopatias (talassemia, hemoglobinopatia C, E e outras), secundárias a algumas doenças crônicas, anemia sideroblástica. A anemia ferropriva é causada pela deficiência de ferro.
Anemias macrocíticas
Anemia megaloblástica, anemia perniciosa, alcoolismo, uso de certas medicações (metrotrexate, zidovudina (AZT), entre outros)
Anemias normocíticas
Hemorragias agudas, anemia aplástica, anemia falciforme, secundárias a doenças crônicas.
Tratamento
O melhor remédio para a prevenção da anemia é, sem dúvida, uma alimentação bem variada, e especialmente para os alimentos ricos naturalmente em ferro e os enriquecidos ou fortificados com algum tipo de mineral.
Deve lembrar-se que as melhores fontes naturais de ferro são os alimentos de origem animal (fígado e carnes) por possuírem um tipo de ferro melhor aproveitado pelo nosso organismo. Ao contrário do que muitas pessoas pensam e falam a respeito do ferro em alimentos, leite e ovos não são boas fontes. No entanto, atualmente já existe no mercado leite enriquecido com ferro.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Anemia
Nenhum comentário:
Postar um comentário